Press Release, Maio de 2018

FUNDADO POR DUAS MULHERES, COLÉGIO ANDREWS FAZ 100 ANOS

Marisa Monte, Cristiane Torloni, Bel Garcia, Ana Beatriz Nogueira, Drica Moraes entre outras celebridades têm algo em comum: todas estudaram no Colégio Andrews, que há exatos 100 anos contribui, de maneira significativa, para o cenário da cultura carioca.

O pioneirismo do Colégio Andrews está expresso, antes de tudo, no fato de ter sido fundado, bem como dirigido por muitas décadas, por duas professoras, uma de inglês e outra de francês, numa época em que, no Brasil e no mundo, as mulheres ainda tinham papel secundário na sociedade, geralmente restrito à esfera doméstica, e somente os homens lideravam organizações.

Mas não vem apenas daí o seu caráter inovador. Isabel Andrews e Alice Flexa Ribeiro, mulheres à frente de seu tempo, conceberam uma proposta bastante singular e ousada, que, em 1918, exigiu muita coragem para ser implementada. Quando a educação particular era dominada por escolas religiosas – umas só para meninas, outras só para meninos –, elas venceram barreiras e preconceitos, ao montarem uma das primeiras instituições privadas do Rio de Janeiro a oferecer educação de qualidade sob uma perspectiva laica, reunindo meninos e meninas de famílias com diferentes credos. Além disso, o Andrews também se distinguiu por acolher, sem discriminação, filhos de casamentos desfeitos, em um contexto social no qual a separação de um casal era motivo de vergonha para as famílias e suas crianças.

Seu ponto de vista foi o grande facilitador para que, na década de 1930, o colégio passasse a receber imigrantes que buscavam para seus filhos educação de qualidade, em um ambiente livre de constrangimentos de ordem política, étnica ou religiosa. E, assim, com sua presença, aquelas crianças ajudaram a sublinhar um dos mais simpáticos traços da identidade do Andrews: sua vocação democrática e diversificada.

Atualmente, a escola possui em torno de milalunos distribuídos entre o ensino fundamental e o ensino médio. Alguns deles são netos e até bisnetos de ex-alunos. Há casos de famílias em que quatro gerações tiveram crianças e adolescentes matriculados no Andrews.

Ao longo de todos esses anos, a confiança das famílias que escolheram o Colégio Andrews para a educação de seus filhos confirma a consistência de um projeto pedagógico que é constantemente atualizado com o objetivo de propiciar uma formação sólida – elemento crucial para o pleno acesso à cidadania. Dinâmico, fundamentado nessa crença na diversidade instituída por Isabel e Alice, esse projeto contempla os avanços da sociedade e aquilo que a modernidade pode agregar ao ensino.

Realmente, segundo preconizavam suas fundadoras, foi essa "valorização da diferença como produtora da identidade" que propiciou, desde o início, esse ambiente democrático, já responsável pela formação de aproximadamente 100 mil jovens em toda a sua trajetória.

O Andrews pode estar celebrando um século de existência, mas uma coisa é certa: ele já nasceu moderno, “pensando diferente”.

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