SINDHRio faz diagnóstico da Saúde

durante cerimônia de Prêmio de Jornalismo

 Há um grande abismo, no que toca a qualidade dos serviços de saúde, entre as capitais e o interior, afirmou o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (SINDHRio), Fernando Boigues, durante a cerimônia de entrega do Prêmio de Jornalismo e Saúde que a entidade promove, na noite desta segunda-feira (04/11), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).

 “A verdade é que a saúde ainda não existe para todos os brasileiros. Há gente que nunca viu um vidrinho de antitérmico na vida, e que convive com doenças já erradicadas no mundo. Ao mesmo tempo, há quem tenha acesso à cirurgia robótica, que não deixa cicatrizes e que proporciona um pós-operatório rápido e indolor”, completou Boigues antes do anúncio dos vencedores em cada uma das cinco categorias.

 O diagnóstico feito pelo presidente do Sindhrio em seu discurso reflete o conteúdo dos trabalhos apresentados. Este ano em sua 8ª Edição, o Prêmio Sindhrio de Jornalismo & Saúde contou com 126 reportagens inscritas, de um total de 60 veículos de onze estados. O objetivo da iniciativa é valorizar o trabalho da imprensa e estimular o debate acerca dos desafios do setor de saúde.

 A cardiopediatra Rosa Célia, criadora do Pro Criança Cardíaca, recebeu o Troféu Especial Alexandre Adler pelo seu importante trabalho no atendimento de crianças cardiopatas à frente do Pro Criança Cardíaca. Em seu discurso, Rosa Célia afirmou que se, hoje, mil crianças humildes foram operadas, isso se deve ao apoio de toda a sociedade.

 Destacou-se nesta edição a capacidade de superação do ser humano. Entre as matérias inscritas e, principalmente, entre as vencedoras, a força de vontade, a luta pela sobrevivência e a valorização do afeto foram recorrentes.

 Leilane Menezes, vencedora da Categoria Revista com a reportagem “O sentimento que tudo crê, tudo espera, tudo suporta” da Revista Encontro, do Correio Brasiliense, que abordou histórias de mães de crianças deficientes, agradeceu ao SINDHRio por compreender e reconhecer a sensibilidade da reportagem.

 Guilherme Seródio, um dos finalistas pela reportagem-série “A saúde pública nas eleições”, do Valor Econômico, salientou o fato de que a matéria inscrita não era positiva, e sim crítica.

 A cerimônia de premiação contou com a Orquestra Jovem de Violinos do Centro Cultural Cartola, abrindo o evento. No total, R$ 65 mil foram distribuídos aos vencedores nas cinco categorias. O Prêmio tem abrangência nacional. Os artigos e reportagens inscritos poderiam ter enfoque científico, técnico, econômico, legal, social ou cultural.

 Integraram a Comissão Julgadora os jornalistas Ana Maria Badaró, Paulo Cezar Guimarães e Sergio Barreto Motta, e os médicos Carlos Alberto Martins de Souza e Gisele Couto. A Presidência de Honra da Comissão coube ao presidente do SINDHRio, Fernando Boigues.

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