Seminário SINDHRio/MV aponta a importância de indicadores na busca e uma gestão de excelência
Para que as práticas de gerenciamento sejam eficazes e uma instituição tenha sucesso, é preciso estruturar um modelo que não apenas tenha parâmetros bem definidos, mas que se baseie em processos que possam ser “ouvidos”. Além disso, as instituições devem não somente procurar fazer bem, mas, sobretudo, fazer diferente daquilo que os concorrentes já fazem. Por processos “ouvidos” devemos entender indicadores que permitam avaliações permanentes de desempenho e a aferição das metas estabelecidas no planejamento estratégico. Esses foram alguns dos conceitos apresentados no Seminário de Gerenciamento Estratégico e da Qualidade – Visão, Transparência e Resultados, promovido nesta quarta-feira dia 08 de maio pelo SINDHRio, em parceria com a MV, empresa especializada em gestão de Saúde. Na abertura do evento, o presidente do SINDHRio, Fernando A. Boigues, afirmou que o objetivo desse tipo de iniciativa é estimular entre os associados e as empresas do setor a reflexão e os “pequenos gestos de mudança” que contribuem para a excelência de seus serviços. Ao lamentar o fato de o Sistema Suplementar ter sido injustificavelmente excluído do programa de desoneração da folha de pagamentos do governo, Fernando A. Boigues frisou que é preciso empenho na melhoria da gestão e que seminários de qualidade aceleram os processos de Benchmarking entre as instituições, o que está em linha com os ganhos em eficiência. Responsável pela apresentação, Ronaldo Farias, gerente comercial de produto da MV, salientou que é através de indicadores confiáveis que os processos ganham “voz” e contribuem decisivamente para a busca dos resultados. Lembrando que uma instituição de saúde deve ser entendida como uma organização multidisciplinar, explicou que “tempo”, “valor” e “processo” são apenas variáveis – embora indispensáveis – na gestão do setor e que o foco deve ser sempre o paciente. As ênfases, afirmou Ronaldo Farias, devem estar nos processos, e não nos setores das instituições. Com parâmetros bem definidos, informados por indicadores seguros de avaliação, as estruturas apoiarão esses processos. Citando o autor Andrew S. Grove, Farias ressalvou que, num processo de reestruturação organizacional, é preciso estar ciente que o “sucesso do empreendimento contém a semente de sua própria destruição”, ou seja, para fazer da forma eficiente muitas vezes é preciso desmanchar antigas práticas, ainda que essas estejam arraigadas na cultura da empresa. De forma didática, explicou que qualquer organização empresarial precisa ser vista e gerenciada tendo em vista três níveis: o Estratégico, o Tático e o Operacional. A correta gestão deve lançar um olhar sistêmico para esses três níveis, voltado para a melhoria contínua e contemplando, como boas práticas e processos eficazes, as etapas de Avaliação, Informação, Decisão e Ação. Alertou ainda que as boas práticas de gestão significam estar sempre atento para os problemas, embora esses possam aparentemente não existir. “Você precisa ser paranóico. No setor de TI, costuma-se dizer que, quando tudo está certo, é porque tem algo errado”, disse Ronaldo Faria, que durante mais de duas horas fez uma explicação detalhada acerca dos softwares de gestão e controle de indicadores da MV. Na platéia, cerca de 150 pessoas, representando diferentes instituições do setor. Os indicadores da saúde, segundo Farias, devem ser “aderentes, exequíveis e desafiadores”, além de possuir metas e referências, algo que o próprio Benchmarking das ferramentas de gestão proporciona. A MV (www.mv.com.br) conta hoje com mais de 500 clientes em 23 estados e um total de 200 mil usuários. A empresa também já está presente em cinco países.
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