Sindhrio condena discriminação do governo com a Saúde Suplementar

Sindhrio condena discriminação
do governo com a Saúde Suplementar

  O presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (SINDHRio), Fernando Antonio Boigues, considera inexplicável a política discriminatória do governo em relação ao Sistema Suplementar.
  Na última sexta-feira, o governo baixou nova Medida Provisória (612) estendendo a desoneração da folha de pagamentos a novos 14 ramos de atividade e mais uma vez deixando de fora do incentivo os serviços médico-hospitalares. Na semana passada, Fernando Boigues já havia manifestado a sua surpresa com o veto da presidente Dilma Rousseff na Lei 12.794, oriunda da MP 582.
  O setor havia sido incluído no benefício pelo texto final da MP 582, aprovado em fevereiro pelo Senado, mas, ao sancionar a nova Lei, a presidente excluiu a saúde, a despeito de sua importância social e econômica, mantendo a desoneração para 42 setores da economia.
  Para o presidente do Sindhrio, a incoerência é ainda maior porque o governo, em seguida àquele veto, acenou com uma redução de tributos para as operadoras de planos de saúde.
  Entre os grandes problemas enfrentados pela rede particular de saúde estão as glosas (não pagamento por serviços efetivamente realizados) impostas pelas operadoras aos hospitais, clínicas e casas de saúde. Como se sabe, essas glosas podem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro de instituições do setor.
  A rede privada de saúde é forte empregador de mão de obra especializada. O setor também faz pesados investimentos em treinamento de pessoal, equipamentos e novas tecnologias.
   No município do Rio de Janeiro, a rede de hospitais particulares atende a mais de 55% da população (cerca de 3,5 milhões de pessoas) e emprega 44 mil profissionais, a maioria de nível superior entre médicos, psicólogos, dentistas e enfermeiros.
Reafirma Fernando Boigues: “Estamos falando de um setor responsável pelo atendimento a mais de 40 milhões de brasileiros, ou cerca de 24% da população. Para tanto, é um demandante intensivo de mão de obra, incluindo diversificada gama de profissionais de formação técnica básica a cientistas de alta qualificação e onerosa formação. É inexplicável não incluir o setor no benefício”, lamenta o presidente do Sindhrio.



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