CentroNave faz diagnóstico de gargalos portuários e aponta soluções


CentroNave faz diagnóstico de
gargalos portuários e aponta soluções

Junho de 2014

O desenvolvimento da infraestrutura logística e portuária no Brasil, apesar dos recentes avanços, não acompanhou o significativo crescimento do porte dos navios das últimas três décadas. Aliado a entraves burocráticos, esse fator tem agravado os “gargalos” nos portos nacionais, informa o Centro Nacional de Navegação Transatlântica (CentroNave), entidade que representa as companhias de navegação.


De 1981 a 2010, segundo o CentroNave, o tamanho em Teus (medida padrão para contêineres) dos porta-contêineres em operação no país cresceu 1.340%, ou 14 vezes. Em TPB (Tonelagem de Porte Bruto), o aumento da capacidade, salientou, foi igualmente grande: de 53 mil TPB em 2008 para 105 mil TPB em 2013, ou avanço de 98%. Em comprimento (LOA), no período, as dimensões passaram de 286 metros para 342 metros (acréscimo de 20%); e em boca (largura), de 32,2 metros para 50 metros (55%).


“O crescimento do porte dos navios, num cenário de expansão das trocas comerciais globais, resulta de um processo constante de ajuste entre oferta e demanda de capacidade, além de busca por economia de escala”, explica Claudio Loureiro de Souza, diretor-executivo da entidade.


A infraestrutura portuária nacional, contudo - a despeito do esforço do governo nos últimos anos para estabelecer um marco regulatório que amplie os investimentos - não cresceu no mesmo ritmo. Os “gargalos” decorrem, sobretudo, desse descompasso, gerando atrasos e prejuízos.


Os navios das empresas de navegação associadas ao CentroNave registraram um total de 83,3 mil horas de atrasos para atracar e desatracar nos portos nacionais em 2013, com prejuízo conjunto de US$ 175 milhões. O total de atrasos equivale a uma frota de 10 navios porta-contêineres parados durante 365 dias.


Para reverter esse quadro, que compromete a competitividade da economia brasileira e o desenvolvimento do país, o CentroNave propõe as seguintes medidas: dragagens que garantam canais de acesso com geometria adequada, prevenindo interrupções no tráfego; calados de 15 metros nos principais terminais e garantia de atracação na chegada do navio, com operações 24 horas; berços com comprimentos de 350 metros; expansão das áreas de armazenagem; preços de embarque e desembarque competitivos, com aumento de produtividade, para evitar esperas no terminal; coordenação e padronização da atuação dos diferentes órgãos com ingerência nos portos, em especial Aduana e Receita, que devem estar focados no comércio exterior; e investimentos para a melhoria dos acessos rodoviários e ferroviários e a conexão intermodal.


Criada em 1907 e voltado para o desenvolvimento da navegação, do setor marítimo e do comércio exterior, o CentroNave representa hoje 23 empresas de navegação brasileiras e global carriers, de várias bandeiras, com atuação no país. Essas empresas reunidas respondem por 70% das exportações brasileiras em valor e 95% das cargas em contêineres transportadas nas exportações e importações.

Assessoria de Imprensa do CentroNave:
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