Comércio com a África ainda é pequeno

Das exportações brasileiras em contêineres em 2009, apenas 9,6% destinaram-se aos 41 países do Continente africano, segundo levantamento do Centronave - Centro Nacional de Navegação, em conjunto com o Datamar.  A situação não muda nos demais países da costa Leste da América do Sul, com escalas ainda menores. O mercado africano é relativamente pequeno, com portos que apesar de estarem melhorando, apresentam restrições operacionais como falta de equipamentos, lentidão e infraestrutura precária em transportes.

No norte da África, o Egito se destaca como o país que mais exporta em contêineres para o leste da América do Sul. Em 2006, registrava 31.034 TEU’s, diminuindo para 28.507 em 2007. No ano seguinte, o número baixou ainda mais (20.968 TEU’s), chegando a 25.942 TEU’s em 2009.

A África do Sul, único país que mantém um comércio mais significativo com o Brasil, obteve 77.187 TEU’s no ano de 2007, caindo para 57.522 em 2009, obtendo um total de 58.897 TEU’s em toda a região sul no mesmo ano. Nas importações, o panorama também é melhor em relação a outros países africanos. A África do Sul contabilizava pouco mais de 12.075 TEU’s em 2006, com um aumento nos anos anteriores, pois no ano seguinte somou quase 14.000 TEU’s, em 2008 esse número foi para 15.819 e voltou a cair no ano passado (10.604 TEU’s), números bem maiores em relação ao Egito, segundo maior importador, com 2.606 TEU’s, e em 2009, 2.720 TEU’s.


Outra região que vale destacar é a parte central da África, onde Angola é atendida por diversas linhas que operam navios multi-propósito (Clipper, GA Line, STX, Global, Delmas, Nile Dutch) e Roro (Grimaldi), todos podendo transportar cargas soltas e em contêineres. Angola possui número muito superior de exportações em relação a outros países centrais, como Camarões, por exemplo, com  48.985 TEU’s no ano passado. Em relação às importações, o número é ínfimo, com apenas 47 TEU’s no mesmo ano.

Outros países são atendidos através de transbordo, seja na África do Sul, no norte da Europa ou nos portos do Mediterrâneo, onde os tráfegos da Costa Leste da América do Sul cruzam com outros que atendem diretamente os países africanos.
 



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