Dilma recebe balanço de ações em duas audiências nesta terça

Dilma recebe balanço de ações em duas audiências nesta terça

Lucas Marchesini

BRASÍLIA  -  Em um esforço de demonstrar normalidade nas atividades do governo, a presidente Dilma Rousseff realizou duas audiências rápidas na manhã desta terça-feira para receber o balanço de ações tomadas na última semana. Em seguida, o Palácio do Planalto realizou duas entrevistas coletivas para divulgar essas ações.

Na primeira, o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, e o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, falaram sobre decisão tomada ontem pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) de disponibilizar R$ 5 bilhões para o capital de giro de micro e pequenas empresas.

Segundo Rossetto, a medida permitirá a preservação de 1,5 milhão de postos de trabalho e a contratação de 100 mil jovens aprendizes. Essas são as duas contrapartidas pedidas pelo governo para a liberação dos recursos, que terão taxas entre 17,1% e 19,5% e serão repassadas ou por Banco do Brasil ou pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e e Social (BNDES).

Rossetto e Afif Domingos se reuniram com Dilma logo antes da coletiva de imprensa e, de acordo com o ministro da Previdência, ela “segue determinada, firme naquilo que ela entende ser a sua responsabilidade, que é preservar a constituição”.

“Ela vai continuar o que tinha anunciado, cumprindo com firmeza, buscando em todos os espaços a legalidade, a constituição e a democracia. Isso significa continuar debate junto ao Senado, no Supremo Tribunal Federal e junto da sociedade brasileira”, prosseguiu.

Já na segunda coletiva, realizada em sequência, o ministro da Secretaria de Portos, Maurício Muniz, estimou em R$ 2,6 bilhões o longo de três anos os investimentos decorrentes de uma série de medidas tomadas desde a semana passada.

A principal delas vem de dois decretos de utilidade pública publicados ontem e que levarão ao investimento de R$ 2 bilhões em dois empreendimentos – os terminais de uso privado em Pontal do Paraná (PR) e em Itapoá (SC).

Muniz negou que se tratasse de um balanço de fim de gestão. “O objetivo é mostrar que estamos viabilizando investimentos”, respondeu ao ser questionado sobre o assunto. O ministro também afirmou que a secretaria deixa uma série de investimentos preparados para um possível governo Temer.

Independente do eventual processo de afastamento da presidente Dilma e do golpe, a secretaria está estruturada e processos continuam se desenvolvendo normalmente”, iniciou.

Caso seja dado continuidade ao processo de golpe e afastamento da presidente Dilma, o que o nosso governo deixa preparado, deixa em condições de todo esse processo de investimento ter continuidade”, acrescentou.



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