Limite do movimento nos portos elevará o preço do contêiner

Limite do movimento nos portos elevará o preço do contêiner

Paula Cristina

Com a estagnação dos aportes em portos, que esbarra na queda de braço entre empresários e governo, o mercado espera que os terminais portuários públicos no País atinjam o limite de capacidade em 2015. Isso pode resultar em um aumento de até 15% no valor unitário para movimentação de contêineres. Em 2013, a capacidade dos portos públicos era de 370 milhões de toneladas por ano. Mas, de acordo com a Secretaria dos Portos (SEP), a demanda superará esse valor já no próximo ano. “Com a estagnação dos investimentos e sem aumento da capacidade, o valor para movimentação de um contêiner deve subir, pelo menos, mais 15% a partir do ano que vem”, diz o advogado especialista em regulação, Cristiano Siqueira.

Para o gerente de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Gustavo Costa, a construção de novos portos e ampliação do sistema através de aporte público pode levar anos, o que traz ao mercado a necessidade de mudanças imediatas dentro dos portos par agilizar o processo.

Uma das alternativas apontadas pelo mercado é o avanço dos Terminais de Uso Privado (TUP), disse ao DCI, o ministro da SEP, César Borges. Segundo ele, há 46 projetos desses terminais em análise pelo governo, o que resultará em aportes de R$ 27 bilhões. Para o vice-presidente da Associação de Terminais Privados (ATP), Patrício Junior, a morosidade do governo é prejudicial. “Há a necessidade de uma força-tarefa para acelerar esse processo e ampliar a capacidade.”

 



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