Falta de fiscais agropecuários atrasa cargas em portos de SC

Falta de fiscais agropecuários atrasa cargas em portos de SC

Estela Banetti

Santa Catarina necessita de 60 novos fiscais federais agropecuários porque os 146 em atividade, hoje, são insuficientes para atender as demandas estaduais. A situação é mais crítica nos portos, que contam com apenas três engenheiros agrônomos para fiscalizar cargas vegetais e necessitam de mais 11. O problema está atrasando o movimento e exigindo o deslocamento de profissionais de outros Estados para fazer o trabalho nos terminais de SC, alerta o delegado sindical da categoria no Estado, Serafim Castro da Costa. Segundo ele, se houvesse número suficiente de profissionais, a movimentação poderia ser mais rápida.
A maior limitação ocorre no Complexo Portuário Itajaí, que reúne os portos de Itajaí e Navegantes e movimenta a maior parte das cargas no Estado. Dos seis engenheiros agrônomos que atuavam no local, quatro estão aposentados, mais um está se aposentando e apenas um segue trabalhando. A secretaria do Ministério da Agricultura (Mapa) em SC está trazendo três profissionais de fora, mas é uma solução temporária. O superintendente do Porto de Itapoá, Patrício Junior, informa que o terminal ainda não tem fiscais agropecuários e aguarda a contratação de três. Por enquanto, o único agrônomo que atende o Porto de São Francisco avalia cargas também em Itapoá. Para que isso seja possível, trabalhadores do porto ajudam na parte burocrática.
A falta de técnicos ocorre porque o Mapa ficou 21 anos sem fazer concurso público. Hoje, faltam 900 fiscais agropecuários no país. O último concurso aprovou mais de 200, mas apenas um está previsto para Itapoá, diz Serafim da Costa. Não foram oferecidas vagas para Itajaí. O ministério atua nos portos com engenheiros agrônomos, veterinários, zootecnistas, químicos e farmacêuticos. Os agrônomos liberam cargas de cereais, madeiras, bebidas e outros itens.

 



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