Nova associação de terminais portuários privados quer liberdade na contratação de mão de obra

Nova associação de terminais portuários privados quer liberdade na contratação de mão de obra

Em entrevista ao PetroNotícias, o presidente da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, desbanca um dos itens da Lei dos Portos (12.815/13) sobre a contratação de mão de obra. Ele e seus representados, que se decidiram unir por seus interesses, querem ter a liberdade nesse aspecto.
Segundo ele, o marco regulatório anterior (Lei 8630/1993) garantia liberdade de contratação de mão de obra para os terminais e a multifuncionalidade dos trabalhadores, o que sempre foi contestado pelos sindicatos. “A Lei dos Portos retrocedeu ao estabelecer que cada categoria tenha sua representação sindical, o que dificulta para negociar. Também não concordamos com a pressão que esses sindicatos exercem para que se faça uma lei para impor a contratação de avulsos. Os empregados já contam com todas as garantias exigidas pela lei.”
Barbosa, nessa entrevista, também explica a criação da ATP, em 2013, que conta com 19 membros – Vale, VLI Logística, Bunge, Cargill, Ronav, Transpetro, MRN, Odebrecht, Porto Itapoá, Portocel, Portonave, Samarco, Teporti, Thyssenkrupp, Bertolini, Porto do Chibatão, Ferrous, Hermasa e Zamin – em contrapartida a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), esta presidida por Wilen Manteli e com mais de 50 empresas. “Com o surgimento da Lei dos Portos, algumas empresas sentiram a necessidade de criar uma associação que defendesse melhor seus interesses.”
O dirigente fala, ainda, que as autorizações na legislação de 2013 têm vigência de 25 anos, sendo que na lei anterior o tempo era indeterminado. Outro ponto que ele considera relevante é a de direitos adquiridos. Por isso, explica, a ATP já está em tratativas com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Já sobre a integração necessária da logística nacional, que tem ligação direta com o setor portuário, Barbosa diz que o tema ainda não está em pauta na sua associação, porque no momento o foco é a ampliação dos terminais.



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