Movimento de São Francisco do Sul deve crescer 15%

Movimento de São Francisco do Sul deve crescer 15%

25/11/2013

De Caxias do Sul - A direção do porto de São Francisco do Sul está voltada para os preparativos de inauguração de um berço de atracação no fim de novembro, possivelmente, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Com investimento de R$ 30 milhões do PAC, o novo berço, além de aumentar o volume de carga em cerca de 20%, permitirá uma organização melhor do porto. São Francisco passa ter sete berços em 1,5 km de cais. Hoje o porto movimenta 12 milhões de toneladas anuais entre soja, milho, granéis de importação e produtos siderúrgicos. O peso maior está na exportação: 70% são granéis. Como faz parte do complexo soja, complementa os portos de Paranaguá, Rio Grande e Santos.

O movimento esperado para este ano representará crescimento de 15% em relação ao ano passado. "Em 2014 vamos chegar perto de 15 milhões de toneladas", prevê o presidente da autarquia que administra o porto, Paulo César Corsi. Adequar a estrutura à demanda futura é uma de suas preocupações. "Ainda neste ano vamos colocar duas novas balanças rodoviárias. Estamos implantando nos gates leitores de caracteres com tecnologia OCR (acrônimo para Optical Character Recognition) que a partir de um banco de imagens lê as placas dos caminhões para agilizar processamento de entrada e saída", diz Corsi. Ele comemora a finalização do projeto de modernização do sistema de informatização, incluindo aquisição de servidores de alta velocidade. O investimento de R$ 1,7 milhão será concluído no fim do ano.

Há a expectativa de construção de um novo terminal privativo, o Terminal de Granéis de Santa Catarina, TGSC, investimento estimado em R$ 400 milhões, que está na fase de concepção e licenciamento ambiental. Os sócios são a Logz Logística do Brasil, a Litoral Agência Marítima e o grupo chinês Hopeful. Ele reforçará a exportação de grãos e abre caminho para volume maior. O presidente da autarquia vive a expectativa de solução definitiva para a renovação do contrato de concessão para exploração do porto, expirado em 2011. O aditivo que mantém o porto em atividade se esgota no fim do ano.

O Terminal Santa Catarina, TESC, terminal privado dentro da área do porto de São Francisco, focado na movimentação e armazenamento de cargas gerais, com destaque para contêineres, granéis sólidos e produtos siderúrgicos alcançou em julho movimentação mensal recorde de embarcações de bobinas de aço laminadas a quente e a frio: 200 mil toneladas transportadas em 19 navios e barcaças, consolidando parceria de mais de dez anos com o grupo ArcelorMittal. Desde que a ArcelorMittal Vega instalou-se em São Francisco, grande parte da movimentação portuária de cargas siderúrgicas foi feita pelo TESC.

Recentemente começou a operar com um novo escâner para análise de carga de contêineres, fornecido pela SmithsDetection, empresa de soluções de segurança para mercados civil e militar. O equipamento possui sistema de leitura automática do número do contêiner, por meio da tecnologia OCR, que permite até seis modos de operação. Assim, o terminal poderá inspecionar até 150 caminhões por hora, garantindo mais agilidade na vistoria dos produtos dentro dos contêineres e mais segurança no procedimento de despacho aduaneiro. O escâner adquirido é o modelo HCVM-T, que utiliza a força de um acelerador de raio X de 4MeV (Megaeletron Volt) e pode "varrer" contêineres de carga carregados com uma penetração de aço de até 310 mm.

O TESC possui dois berços de atracação, 603 metros de cais e equipamentos que permitem atender até três navios simultaneamente. Há uma área de 67 mil m2 de pátio, com projeto de expansão para mais 19 mil m2. As instalações incluem local para armazenagem alfandegada, espaço para vistorias obrigatórias, incluindo sala de inspeção sanitária climatizada, além de 1120 tomadas para contêineres refrigerados e mais de 4 mil m2 em armazéns cobertos. "Um dos principais atrativos do TESC é a taxa de armazenagem que chega a ser até 40% inferior aos valores cobrados no mercado", afirma o diretor-superintendente, Roberto Lunardelli.

De janeiro a outubro foram movimentados mais de 42 mil contêineres, além de 2,5 milhões de toneladas de outros tipos de cargas. A estimativa é que até o fim do ano chegue a 48 mil contêineres e 3 milhões de toneladas de outras cargas. "O TESC hoje não tem restrição de janela de atracação e de volume", diz o superintendente.(GA)



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