Porto cubano com dinheiro brasileiro

Porto cubano com dinheiro brasileiro

01/10/2013

Em Cuba, há grande entusiasmocom o porto de Mariel, localizado a40 km de Havana. Construído com 80% de dinheiro do BNDES – autorizado pelo ex-presidente Lula e confirmado por Dilma Rousseff. A construção é liderada pela Odebrecht que criou a subsdiária Compañia de Obras em Infraestructura (COI) - em parceria com parceiros de Cingapura, que vão cuidar da operação – visto que o método de gerencimento da pequena ilha é dos mais modernos do mundo. A operação será da PSA International, de Cingapura.

O grande problema, para os brasileiros, é saber se a problemática nação dita socialista terá condições de pagar ao BNDES – que usa dinheiro
do povo brasileiro. Que o porto será importante para a economia cubana,
ninguém duvida. Com a expansão do Canal do Panamá, o porto de Mariel vai tentar se impor como importante entreposto, atraindo, inclusive, cargas que hoje são manuseadas na costa norte-americana. O primeiro cais deverá ser inaugurado com a presença de Dilma e Lula, em janeiro de 2014. É claro que a obra conta com equipamentos chineses.

Comenta-se que grupos brasileiros poderiam instalar entre postos para exportar via Cuba, como as empresas de ônibus Marcopolo e Busscar e a Fanavid, de vidros. Os concorrentes de Cuba também estão investindo, para se beneficiar o aumento de porte dos navios que virão pelo Canal do Panamá, como República Dominicana, Colômbia, Jamaica, Trinidad e Tobago e... o próprio Panamá. Mariel pretende operar um milhão de containeres, o que, se confirmado, será essencial para movimentar a economia cubana, paralisada pela estatização econômica. Há comentários de que o ditador Raúl Castro –sucessor do também ditador Fidel – pretende abrir mais espaço para investimentos estrangeiros, vinculados ao comércio exterior.

Os pessimistas acham que o projeto Mariel irá dar sangue novo a um projeto falido de socialismo. Os otimistas, no entanto, acham que só haverá efeitos positivos, uma vez que uma zona de re exportação só poderá operar com alguma realidade cambial. Além do mais, é essencial para o sucesso do projeto que melhorem as relações políticas com os Estados Unidos, o que poderá ocorrer se Raúl Castro cumprir compromissos e deixar o poder em 2018, dando espaço para redemocratização de Cuba.



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